segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pés de Paixão



Sou um apaixonado por Pés. Dizem meus amigos: 'no seu sangue circula somente globulos vermelhos paixão'. Outras vezes me tomaram como tremendo fetichista, louco, e tudo o mais, só porque, pelas ruas de São Paulo, quando a oportunidade permitia, fotografava calçados femininos calçados nas próprias. A ideia surgiu como forma de buscar o maior numero de imagens, diversificadas e depois montar um painel com um título, que claro não irei falar aqui agora. Como criei o blog Íris, provavelmente publicarei em algum post futuro. Pouco depois de lançar-me nessa peregrinação, saiu matéria em um jornal e em uma revista de outro jornal, exatamente sobre pés.

Fetichismo a parte, quem resiste a um pezinho de bebe? Já sobre os pés femininos, um lindo pé confere elegância e graça a quem os possui. Não há pedicure ou podólogo que possa dar conta de embelezar o desalinhamento dos dedos e conferir harmonia ao pé. Desenhista, passei (e ainda passo) pelo calvário de desenhar pés e mãos, principalmente quando de mulheres. Um erro no traço e todo erotismo, sensualidade, charme vão a pique.



Seguindo uma lógica que parece racional mas que quando flui dentro da alma e totalmente emocional, ao ver pezinhos assim, não há como não associar a beleza da gravidez, da cumplicidade da vida a dois, da unificação pelo bem de um: o bebê.

Ao tomarmos contato com um bebê, seja visitando um casal amigo que acabaram de ter um filho, se estamos em uma relação parece que o instinto 'cria' uma certa força interior que promove uma atração extra. Se estamos só, parece haver um sentimento de falta, de ausência. É como se estar só representasse haver perdido um pedaço de sí.

É, esse 'pedacinho de gente' traz consigo a força invisível e abstrata, subjetiva e poderosa. Que mobiliza, que constroi e que mal controlada até destroi.

É vendo pezinhos assim, que a vontade de estar com quem se ama (ou encontrar alguem para amar e ser amado) toma proporções mais reais. A todos os sonhos criados pelo homem, basta buscar o sucesso e com ele o dinheiro para poder comprar. Mas amor não se compra. Um bebezinho não se compra. Olhar para aqueles pezinhos e saber que existe uma parte tão ridiculamente pequena de você que pela magia da vida se desdobrou até aquele tamanho, até aquele momento, não tem preço (nem com aquele famoso cartão de crédito).

Ouvi uma frase do Sérgio Cortella nesse ultimo final de semana. Dizia: "(...)a diferença entre o fundamental e o essencial é que o essencial não pode-se privar. Já o fundamental, é um dos meios necessários para atingir-se o essencial. O dinheiro é fundamental, não essencial.(..)"

Com esse conceito, é possível entender a força de um bebê concebido sobre o amor de duas pessoas. É possível compreender a necessidade de uma relação pautada no amor.

Creio por isso o quanto as relações ficantes são gélidas, desprovidas de real valor. É banalizar a vida antes mesmo de sua existência. Assim como não é possível comprar bebês, também é incabível vendê-los. Há um apogeu aos animais de estimação (nada contra eles, por favor). É preciso pensar porque 'estamos' nos contentando em sermos pais de filhotes de outras espécies. E também do porque de tratar os 'filhotes' da própria espécie como se fossem de outra.

Eu? adoro cachorro sim (sempre gostei de gato também. E de passarinho). Enquanto casado, sempre tive cachorro. Hoje, meus anseios ainda se posicionam na direção da especie humana.
É o amor que tenho pelo oposto dentro de minha espécie que enche meu peito de desejo ao ver tais pezinhos. Olhar nos olhos dela e poder dizer: " Como nosso filho é lindo! Lindo como você."

Me permitam transcrever duas letras. Não farei isso regra desse blog, desculpem.


PRÁ DIZER ADEUS
Titãs

Você apareceu do nada
E você mexeu demais comigo
Não quero ser só mais um amigo
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Por que você não vem pra mim
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus, pra dizer jamais

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ESTA, HOJE EU DEDICO ESPECIALMENTE PARA "VOCÊ"


ENCONTRAR ALGUÉM
J.Quest

Encontrar alguém
Encontrar alguém, que me dê amor
Da esquina eu vi o brilho dos teus olhos
Tua vontade de morrer de rir
Teus cabelos tentaram esconder
Mas vi tua boca feliz
Tua alma leve como as fadas
Que bailavam no teu peito
Tua pele clara como a paz
Que existe sim em todo sonho bom
Quis matar os seus desejos
Quis Ver a cor dos teus segredos
E contar pra todo mundo
O beijo que eu nunca esqueci (O beijo que não quero esquecer)

2 comentários:

  1. Olá J.César,
    obrigada pela visita.
    Quanto a postagem dos selos, você primeiro salva(como imagem) aquele que você ganhou ou escolheu para presentear. Depois, vai em Nova Postagem e cola o selo, depois vai seguindo as orientações conforme ele mandar, se tem algum questionário você responde, e depois indica para quem você quizer. Só tem um detalhe: tens que avisar os Blog's escolhidos, que você tem um selinho esperando no seu cantinho. Simples assim. Espero que eu tenha ajudado.
    Qualquer coisa, me retorne.
    Abs
    Lisa

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  2. J.César
    que belo post.
    (Nossa!)
    me emocionei no final.

    Essa frase do Sérgio Cortella é tudo.
    "a diferença entre o fundamental e o essencial é que o essencial não pode-se privar. Já o fundamental, é um dos meios necessários para atingir-se o essencial. O dinheiro é fundamental, não essencial"

    Penso que no decorrer da vida, muitas vezes nos distânciamos daquilo que realmente importa - do que é mesmo essencial - e nos esquecemos da importância de viver isso no dia a dia.

    Eu ainda não tive filhos, (mas tenho 7 sobrinhos entre 2 e 10anos). Outro dia, estava com minha sobrinha de 5anos lá em casa e ela me disse: "Tia, eu gosto tanto de vir aqui, mas eu nem sei por quê." Ela foi tão espontânea e com uma expressão de felicidade, que me tocou, abracei ela na mesma hora.
    (O abraço é essencial)

    Eu gosto de ambas as letras das músicas que postou aqui. Acredito que devas ter tocado muito a pessoa 'homenageada'.

    Um abraço
    Lisa

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