Cinzas

A vida é engraçada. Sim...por vezes trágica...mas entrelaçada com alegria e tristeza. Nossos braços são as agulhas que usam essas 'duas linhas' para tecerem a grande malha da vida. Ponto 1/2, ponto baixo, ponto alto...um tricô, 2 tricô... cada um desenvolve seu próprio desenho, e ninguém tece por você...não porquê não queira, mas porquê não pode!...também está tecendo. Os que corrompem essa regra...deixam de tecer sua própria manta.


Bem... 'caminhando à praia...por do sol cor-de-rosa', no 'Reflexo Visionário' avistei uma garrafa com uma menssagem, com seu meio fincanda na areia... lá havia um poema... dele... surgiu este:



CINZAS

Vi ao longe no horizonte...
uma fina e esguia chama...
centelha de gravetos...
ao céu em cintilar.
Eram os gravetos...sentimentos nominados.
Saiu-me em alto...o pensamento:

...não queime os sentimentos...
Os bons são de nosso deleite...
Os maus são para que não esqueçamos de dar valor aos bons.

Junte os gravetos...(retalhos de lembranças quase esquecidas)
Nomeie-os...
com nomes daquilo e daqueles...
que nada lhe siginifica...
agora sim...faça uma fogueira...
não contemple...não espere queimar...
entregue ao vento...
deixe ele levar.

Assim...não restara nenhuma lembrança mais...
nem mesmo de quando e como se foram.

JC