NÃO TENHO MEDO DE AMAR
Sou um entusiasta em automóveis (e também por aviões e barcos/navios), fã de automobilismo e fã de Nelson Piquet, o primeiro brasileiro tri-campeão de formula 1. Piquet também teve imortalizadas algumas frases. Dentre elas uma sobre a teconologia embarcada nos automovéis e sua relação custo-benefício '(...)aquilo que não tem não enguiça.(...)', sobre tantos apetrechos hoje encontrado nos automóveis.
Pois assim também nos é com as coisas da vida. Por exemplo...eu não me preocupo se o aluguel do Hangar aumentar, afinal, não possuo helicoptero e tão pouco um avião.
Nossas 'ala' cerebral de preocupações vai ganhando 'novos integrantes' à medida que vamos compondo novas 'necessidades' em nossas vidas.
Algumas são inerentes a nossa vontade...outras são de total livre arbítrio.
A mim o AMOR é vital. Filtro ainda mais... o AMOR provido de uma relação entre duas pessoas que desejam compartilhar suas vidas.
Não olho para quantas aguras eu passei. Relações que literalmente deram n´água, no mar de lágrimas e sofrimentos de um fim de relacionamento. Como uma batalha bárbara o então amor torna-se um oponente a empunhar um gládio e humilhadamente somos levados a dobradura dos joelhos empunhando o que resta do escudo amoroso para protegermo-nos dos impiedosos golpes desferidos por àquela que antes era a pessoa para até o sempre.
O tempo permite-nos a elaboração do que aconteceu, e as 'cicatrizes' deixadas, tal como na carne, são as fieis testemunhas do que se passou. Aprendi que existe o processo de desconstituição, ao que passei a chamar de desapaixonar (falarei isso em um post).
Segue-se a superação... e eu, como um desses combatentes sobrevivente, aprendi a seguir novamente pelo campo de peito aberto... na bravura pela fé. Fé de que o que possuo não há gládio e tão pouco braço que o empunhe a dividir-me...a separar-me do que faz parte da minha constituição.
Amar é sim seguir pelo campo de peito aberto. Indomito.
Amar é sim não ter medo. De nada. Porquê haveria de sê-lo?
Sou humano, e até os bravos heróis respiram fundo e serram os dentes. Estufam o peito.
Sou humano, meu joelhos ja chegaram a bater... mãos não tão firmes... voz engasga...
Sim...preciso serrar os dentes... estufar o peito e crer. Crer que eu estarei no campo e que não haverá gládio que vai me vergar.
Amar é sentir vida. Sentir a fragilidade. Fragilidade que atormenta, que sombreia a perda.
Amar é o querer ter com a certeza de que nunca findará. Em que no entanto é preciso estar maduro para entender que amor verdadeiro, que não é posse é desprendido desse sentimento.
Amar é complexo... mas é gostoso.
Amar é saudade... mas só sente saudade quem ama.
Amar é estar envolvido... é fusionar a ponto de saber-se do que constitui mas ao mesmo tempo não ver a linha divisória.
Amar é integrar-se ao outro e saborea-lo em sua existência.
Amar não é depender-se do outro. É fazer-se.
Fazer-se em tudo... e ter o espaço para poder dizer 'isso eu não consigo... e nem por isso não quer dizer que não te amo'.
Amor não precisa de prova... porque é o AMOR a PRÓPRIA PROVA. É algo como querer provar que se esta feliz...
Amar não é contar o tempo...mas perder a noção do tempo. Não há tempo que baste para o Amor porque o Amor está acima do tempo.
Amor é intensidade que em nada tem a ver com a concretude da vida. O amor subexiste no abstratismo subjetivo.
Amar é alimentar o amor no outro, não em sí próprio. Como? carinho, afeição, atenção, emoção, participação...
Amar não é querer em si...mas o querer em dupla. E que a mágia está em perceber que ao ser de fato 2 viramos 1.
Não preciso negar a modéstia para dizer que sinto-me heroi da minha vida, porque não há nenhuma afetação... não afirmo soberbamente.
Afirmo de forma humana, humano que sou, que lutei e lutarei sempre porque empunho a maior arma que alguém pode empunhar: AMOR.
Medo? sim... já disse que tenho. Não do amor. Tenho medo porque estou vivo e amo. Sempre amarei.
Porque em um paradoxo, é com o amor que anulo o medo, que justamente é causado pelo amor.
Se deixar de amar deixarei de sentir medo?... deixarei é de viver.
Júlio amaaaado!
ResponderExcluirGanhei minha páscoa com sua visita...sôdades meu querido, sempre doces, docê! E pelo que vejo vai VI-VEN-DO amor...alimento indispensável para sobrevivermos nesses tempos. Por aqui nem tanto baum nem tanto rose rsrs Tempos estranhos - esses - que ando vivendo...e como digo: um dia de cada vez (nem poderia ser diferente!).
Beijuuss, amorosos, n.a. (procê e pra ela)