terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nas asas de meu sonho

Sonho


Céu que te és azul.
Emprestaste-me teu espaço
para que nele eu transladasse.
Esse que vejo, não o mais alto
porque mais alto ainda fui.
Deixaste-me pisar às nuvens
um fofo tapete.
Porém...minha natureza é
dos que que não possuem asas.
E delas, fazemos uso artificial.
Um grande corpo faz estende-se meus braços.
Sou ainda o menino a correr com os braços abertos
palmas para baixo e dedos unidos.
Mãos anguladas para cima,
corpo ligeiramente flexionado à frente
corro. Verbalizo um agudo aéreo...
eram esses 'meus motores'.
O 'céus', zumbistes meus ouvidos
e me deixou conhecer sensações
que exibe a fragilidade
e o engessamento da matéria
que nos constitui.




Agora meus braços ganharam o brilho de ligas metálicas.
"Faço" os algodões virarem fumaça.
Meu corpo agora acompanha minha mente.
Ele descerá e continuará fazendo uso de suas pernas.
Mas minha alma e mente continuaram voando.
Voando para onde o Céu me levar.

Assim foi o dia em que pela primeira vez meu corpo xegou onde a minha mente sempre esteve.
JLM